Polícia do Equador detecta drone em prisão de segurança máxima
Um drone aparentemente carregado com explosivos pousou no telhado de uma prisão de segurança máxima no Equador, localizada na cidade de Guayaquil, onde estão detidas as seis pessoas que participaram do assassinato do então candidato à presidência Fernando Villavicencio, em agosto, informou o Governo equatoriano nesta terça-feira (12).
O ministro do Interior, Juan Zapata, publicou na rede social X (antigo Twitter) duas fotografias tiradas na noite de segunda-feira que mostram o aparato sobre o telhado do centro de reclusão e com um pequeno contêiner pendurado na parte central.
A polícia "estava ciente de que haveria um dispositivo explosivo no Centro de Privação de Liberdade 'La Roca'", escreveu ele, acrescentando que as forças especiais ativaram "os protocolos de verificação do explosivo".
Na manhã de terça-feira, o drone ainda estava no telhado da prisão e não havia vigilância no local, confirmou um fotógrafo da AFP.
De acordo com o Ministério do Interior, seis colombianos estão presos na unidade pelo assassinato de Villavicencio.
O equatoriano Adolfo Macías, conhecido como Fito, chefe do crime condenado que ameaçou matar o ex-candidato à presidência pouco antes de seu assassinato, foi transferido para La Roca em uma gigantesca operação após o crime.
Na sexta-feira, ele deixou essa prisão e foi levado para uma de segurança inferior, por ordem da Justiça equatoriana. O governo criticou firmemente a decisão, considerando-a prejudicial para a segurança do país.
Macías, de 43 anos, lidera a gangue Los Choneros, que conta com uma força de cerca de oito mil homens, segundo centros de pesquisa independentes. Aliada dos cartéis mexicanos e colombianos, esta organização compete com uma dezena de outros grupos no âmbito do tráfico de drogas.
Desde maio de 2021, quando o presidente Guillermo Lasso assumiu o cargo, a polícia apreendeu mais de 500 toneladas de drogas.
Analistas estimam que o Equador fechará 2023 com pelo menos 40 homicídios por 100 mil habitantes, um recorde para uma população de 18,3 milhões de pessoas. Desde 2018, essa taxa quadruplicou, subindo para 26.
R.Espinoza--LGdM