La Gaceta De Mexico - Vencedora do Nobel da Paz, Narges Mohammadi, inicia greve de fome na prisão

Vencedora do Nobel da Paz, Narges Mohammadi, inicia greve de fome na prisão
Vencedora do Nobel da Paz, Narges Mohammadi, inicia greve de fome na prisão / foto: © Fundación Narges Mohammadi/AFP/Arquivos

Vencedora do Nobel da Paz, Narges Mohammadi, inicia greve de fome na prisão

A vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2023, a ativista iraniana Narges Mohammadi, iniciou uma greve de fome na prisão para protestar contra a falta de cuidados médicos para os presos e a obrigatoriedade do véu para as mulheres, anunciou sua família nesta segunda-feira (6).

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"Narges Mohammadi informou sua família que iniciou uma greve de fome há várias horas. Estamos preocupados com seu estado e sua saúde", afirmou sua família em um comunicado.

A jornalista, de 51 anos, está detida desde 2021 na prisão de Evin, em Teerã. Conhecida por seu ativismo contra a pena de morte e a favor dos direitos das mulheres, já foi presa e condenada em diferentes ocasiões.

Na última quinta-feira (2), a família de Mohammadi denunciou que as autoridades penitenciárias se recusaram a transferir Narges para o hospital por não querer cobrir a cabeça com um véu. Seu estado de saúde é frágil.

Seus familiares alertaram que, segundo o eletrocardiograma feito na prisão, ela precisava de internação urgente.

"A República Islâmica é responsável por tudo o que possa acontecer com nossa querida Narges", afirma o comunicado.

Narges Mohammadi recebeu o Prêmio Nobel da Paz em outubro "por sua luta contra a opressão das mulheres no Irã".

O Comitê Nobel e a organização de defesa da liberdade de expressão Pen International expressaram, nesta segunda, sua preocupação com o estado de saúde da ativista.

"A obrigação para as detidas de usar um véu para serem hospitalizadas é desumana e moralmente inaceitável", declarou a presidente do Comitê, Berit Reiss-Andersen.

O prêmio foi concedido após um movimento de protesto no Irã pela morte, sob custódia policial, há um ano, de Mahsa Amini. A jovem foi detida sob a acusação de violar o rigoroso código de vestimenta para mulheres em vigor no país.

S.Moreno--LGdM