ONU: explosão de dispositivos no Líbano viola o direito internacional
O direito internacional proíbe o uso de artefatos explosivos que pareçam "objetos inofensivos", ressaltou nesta sexta-feira (20), no Conselho de Segurança, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk.
"É um crime de guerra cometer atos de violência destinados a espalhar o terror entre a população civil", disse o comissário durante uma reunião do órgão máximo de segurança da ONU convocada pela Argélia após a explosão simultânea de dispositivos de comunicação do grupo islamita Hezbollah no Líbano, nesta semana.
O chanceler libanês, Abdallah Bou Habib, acusou Israel pelo que chamou de "atentado terrorista". As explosões quase simultâneas que mataram dezenas de pessoas em todo o país durante dois dias são “um método de guerra sem precedentes por sua brutalidade e seu terror”, declarou.
"Estou consternado com a amplitude e o impacto dos atentados. Esses ataques representam um novo passo na guerra, em que ferramentas de comunicação se convertem em armas. Isso não pode ser o novo normal", criticou Turk.
Consultado hoje, o embaixador de Israel na ONU não comentou as explosões. "Mas posso dizer a vocês que faremos o possível para atacar esses terroristas", advertiu Danny Danon, após seu país anunciar a morte do comandante da unidade de elite do Hezbollah durante um ataque em Beirute.
"Não temos a intenção de entrar em guerra com o Hezbollah no Líbano, mas não podemos continuar assim", disse Danon, acrescentando que Israel prefere uma solução diplomática.
L.A. Beltran--LGdM