Tapar os 14.000 poços de petróleo inativos nos EUA custaria mais de US$ 30 bi, diz estudo
Tapar os poços de petróleo inativos nas águas americanas do Golfo do México custaria mais de 30 bilhões de dólares (R$ 149 bilhões na cotação atual), segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (8), que estima os possíveis riscos ambientais da operação.
Em um artigo publicado na revista Nature Energy, pesquisadores baseados nos Estados Unidos afirmam que há cerca de 14.000 poços abertos oficialmente inativos ou que estão há pelo menos cinco anos sem funcionar nas águas da costa sudeste dos Estados Unidos.
Normalmente, os poços inativos devem ser selados com cimento para evitar vazamentos de petróleo ou de outras substâncias.
Os pesquisadores estimam em mais de US$ 30 bilhões (mais de 149 bilhões de reais) o custo total para selar os 14.000 poços inativos no Golfo do México.
Para os cerca de 13.000 poços próximos à costa, que são os que representam o maior risco ambiental, o custo beiraria os 7 bilhões de dólares (R$ 34 bilhões).
A conta aumenta quando incluídos os mil poços em águas profundas, devido à sua complexidade e à dificuldade das operações submarinas.
"O melhor seria concentrar-se nos que estão em águas pouco profundas e perto da costa", recomendam os especialistas.
Em 2010, a explosão de uma plataforma de petróleo britânica no Golfo do México matou 11 pessoas e provocou uma contaminação costeira sem precedentes.
Comparativamente, o vazamento de um poço inativo seria, ao contrário, "pequeno e regular", afirmam os autores do estudo, embora seus impactos ecológicos possam ter "semelhanças".
T.Salinas--LGdM