Centenas de pessoas se despedem de Rita Lee em São Paulo
Uma longa fila se formou desde a manhã em frente ao prédio, na zona sul de São Paulo, onde a própria Rita decidiu ser velada na presença do público, segundo relataram conhecidos da artista à imprensa.
A cantora "representa o maior símbolo feminino do rock nacional; foi uma mulher à frente de seu tempo, gênia", disse à AFP Barbarhat Sueyassu, uma influenciadora de 27 anos que esperava do lado de fora do planetário.
Nascida em São Paulo, Rita Lee foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021.
Sob o teto circular do planetário, centenas de pessoas andaram até o caixão para dar seu último adeus à "rainha" do rock, que quebrou paradigmas durante toda a sua carreira.
Alguns se despediram em silêncio e chorando; outros, cantando alguma de suas músicas. Várias pessoas levaram cartazes e retratos para homenagear àquela que foi uma pioneira da música.
Rita Lee virou um ícone do rock brasileiro com sua irreverência e ficou marcada pelos cabelos ruivos com franjas, pelas roupas extravagantes e os óculos coloridos.
"Conheci a Rita em 1991 e minha vida se transformou. Tinha esse dom de transformar a vida das pessoas para melhor; fazia pontes entre as pessoas", disse Luis Augusto, um chef de 51 anos que assistiu ao velório.
"Sou fã da Rita Lee! Todos mundo fica de olho nesses óculos, iguais aos dela", comentou Nelson de Melo, de 55 anos, funcionário de um hotel, mostrando seus óculos com lentes ovais avermelhadas.
Após o velório, o corpo da artista será cremado em uma cerimônia íntima.
A.Soto--LGdM