Ouro supera US$ 2,5 mil por onça e bate recorde histórico
A cotação do ouro, um ativo considerado seguro, bateu, nesta sexta-feira (16), um recorde histórico, ultrapassando 2.500 dólares (cerca de R$ 13,7 mil) por onça, devido à perspectiva de um corte nas taxas de juros nos Estados Unidos e aos riscos geopolíticos globais.
Por volta das 11h de Brasília, a onça do metal amarelo operava em alta de 1,24%, para 2.487,50 dólares (cerca de R$ 13,6 mil), após ter atingido um pico histórico de 2.500,16 dólares. O recorde anterior datava de meados de julho.
O preço do ouro foi impulsionado pela publicação de dados que mostram o baixo dinamismo do setor de construção de novas moradias nos Estados Unidos em julho, uma nova sinalização negativa para a economia do país.
Diante dos temores de recessão na maior economia do mundo, os mercados reforçaram suas expectativas de cortes nas taxas pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
"A forte queda dos rendimentos dos títulos" e do dólar, "no contexto das expectativas de cortes nas taxas pela Fed, está beneficiando ativos com rendimentos nulos ou baixos", como o ouro, explica Fawad Razaqzada, analista do City Index.
Além disso, o ouro continua sendo "procurado como 'ativo de refúgio' em um contexto geopolítico tenso", destaca Carsten Fritsch, analista do Commerzbank.
As conversas também visam evitar um conflito regional, após as ameaças contra Israel por parte do Irã, que jurou vingar a morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, assassinado em um ataque atribuído aos israelenses no dia 31 de julho, em Teerã.
A.Sandoval--LGdM