La Gaceta De Mexico - Cuca deixa o Corinthians, pressionado por caso de abuso sexual de menor

Cuca deixa o Corinthians, pressionado por caso de abuso sexual de menor
Cuca deixa o Corinthians, pressionado por caso de abuso sexual de menor / foto: © AFP/Arquivos

Cuca deixa o Corinthians, pressionado por caso de abuso sexual de menor

Sob pressão da torcida pelo caso do abuso sexual de uma menor há mais de trinta anos, o técnico Cuca deixou o cargo de treinador do Corinthians apenas uma semana depois de sua contratação.

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"Vou sair nesse momento, não é o que queria. Espera-se uma vida inteira para estar aqui", lamentou Cuca, após a partida entre o alvi-negro e o Remo pela Copa do Brasil na noite de quarta-feira (26).

"É um pedido da minha família (...) Pela manhã, estarei em casa, vou cuidar de vocês", acrescentou.

O clube confirmou o afastamento do técnico em um comunicado divulgado em seu site: "o técnico Cuca deixou o comando da equipe depois de um pedido da família para resolver assuntos particulares".

O técnico, de 59 anos, havia assumido o comando do Corinthians na quinta-feira passada com contrato até dezembro, após a demissão de Fernando Lázaro.

Porém, esteve no banco da equipe paulista somente em duas partidas: a de quarta, em que conseguiu a classificação por pênaltis para as oitavas de final da Copa do Brasil; e no domingo, quando foi derrotado pelo Góias (1-3) no Brasileirão.

Na semana passada, o anúncio da contratação de Cuca causou indignação nos torcedores do Timão.

Em 1989, quando era atacante do Grêmio, Cuca e outros dois jogadores foram condenados na Suíça a 15 meses de prisão pela participação no abuso sexual de uma menor de 13 anos.

Os jogadores estavam em Berna para um amistoso em 1987.

A sentença foi proferida quando os jogadores já tinham voltado ao Brasil, que não extradita seus cidadãos.

Até agora, este escândalo não impediu Cuca, que nega as acusações, de fazer carreira como técnico.

Entre seus feitos, conquistou a Copa Libertadores em 2013 com o Atlético Mineiro e o Brasileirão em 2016 com o Palmeiras.

Em um caso similar, Robinho, ex-atacante do Milan e do Real Madrid, e condenado na Itália a nove anos de prisão por um estupro coletivo cometido em 2013, segue em liberdade no Brasil.

Em outubro de 2020, o Santos, clube que revelou o jogador, anunciou o seu retorno, porém seu contrato foi suspenso dias depois devido à má repercussão da contratação.

A justiça italiana pediu que o jogador cumpra pena no Brasil, mas o processo pode levar anos.

A.Sandoval--LGdM