Ucrânia reivindica avanço limitado no sul e na área de Bakhmut
"As forças de defesa da Ucrânia prosseguem com as operações de ataque na zona de Melitopol", afirmou a vice-ministra da Defesa, Ganna Malyar, ao canal de televisão estatal. "Nossas forças tiveram sucesso perto de Novodanilivka e de Novoprokopivka", acrescentou, ao mencionar uma grande cidade e duas localidades do sul do país.
As duas posições ficam na região de Zaporizhzhia, perto da cidade de Robotyne, um ponto "estratégico" reconquistado pela Ucrânia no fim de agosto e que abre uma via na contraofensiva de Kiev para avançar em direção aos territórios do sul que estão ocupados pelo exército russo.
"No sul, o inimigo está sofrendo perdas importantes em termos de soldados, armas e equipamentos. Está reagrupando suas unidades e tropas, utilizando suas reservas", disse a vice-ministra ucraniana.
Na frente de combate leste, "nós conseguimos um sucesso relativo perto de Klishchiivka", acrescentou Malyar, ao citar uma localidade ao sul de Bakhmut, uma cidade destruídas pelos combates e que a Rússia conseguiu tomar em maio, após combates violentos que duraram meses.
"Na última semana, a área liberada aumentou em três quilômetros quadrados nas proximidades de Bakhmut. No total, liberamos 47 km2 nos flancos da cidade desde o início da contraofensiva em junho", explicou a vice-ministra.
As forças ucranianas também afirmaram que derrubaram 17 drones na região de Odessa (sul), onde os ataques provocaram danos em um distrito próximo ao rio Danúbio, perto da fronteira com a Romênia.
Ao mesmo tempo, o ministério da Defesa da Rússia anunciou que destruiu quatro lanchas rápidas 'Willard Sea Force' de fabricação americana que transportavam soldados ucranianos e seguiam para a costa da Crimeia, sem revelar mais detalhes.
Na capital ucraniana, Kiev, as autoridades anunciaram que receberam um novo alerta de bomba em todas as escolas da cidade, três dias após uma advertência similar.
A polícia afirmou que estão tomando as medidas necessárias e pediu à população que mantenha a calma.
O alerta anterior, que se revelou falso, foi divulgado em 1º de setembro, dia do começo do ano letivo na Ucrânia. Kiev, que antes da guerra tinha três milhões de habitantes, tem 420 escolas.
No cenário político, o ministro da Defesa da Ucrânia demitido no domingo pelo presidente Volodimir Zelensky, que pediu uma "nova abordagem" na contraofensiva, anunciou nesta segunda-feira que entregou a carta de renúncia ao Parlamento.
"Apresentei a minha carta de demissão a Ruslan Stefanchuk, presidente do Parlamento da Ucrânia. Foi uma honra servir ao povo ucraniano e trabalhar para (o exército) durante os últimos 22 meses, que foram o período mais difícil da história moderna da Ucrânia", afirmou o ministro demitido, Oleksiy Reznikov, nas redes sociais.
Reznikov assumiu o cargo três meses antes da invasão russa, que começou em fevereiro de 2022, e Zelensky decidiu substituí-lo por Rustem Umerov, presidente do Fundo de Propriedade Estatal.
R.Perez--LGdM