Maduro chega a Pequim para reunião com o presidente Xi Jinping
O presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, chegou nesta terça-feira(12) a Pequim para reunir-se com seu homólogo chinês, Xi Jinping, na última etapa de uma viagem que começou na semana passada, informou a imprensa estatal.
A rede chinesa CGTN divulgou imagens de Maduro e sua esposa chegando a uma estação ferroviária de Pequim, onde foram recebidos por crianças que levavam flores.
Durante a viagem a Pequim em um trem de alta velocidade, Maduro fez um pronunciamento à televisão venezuelana no qual elogiou a sólida relação bilateral entre ambos os países.
"Partimos em um trem com destino à capital chinesa, Pequim, para um encontro com o futuro, para um encontro com o nosso irmão, o presidente Xi Jinping, para fecharmos grandes acordos que elevem ainda mais uma relação histórica aprofundada por nosso comandante Hugo Chávez”, afirmou Maduro.
"Aqui (na China) são sete da manhã do dia 12 de setembro, 12 horas (de diferença), sacrificamos o sono, resistimos ao cansaço, mas estamos motivados pela grande alegria de trabalhar para o povo da Venezuela", disse no início de sua mensagem.
Maduro, que chegou sexta-feira a Shenzhen e deve ficar até quinta-feira em sua primeira visita de Estado ao gigante asiático desde 2018, gravou a mensagem na montanha sagrada de Tai Shan, famoso destino turístico da China, que afirmou visitar com frequência.
O líder de 60 anos busca garantir a adesão da Venezuela ao Brics, bloco de países em ascensão, que acaba de realizar a sua cúpula na Índia.
Pequim é o maior credor da Venezuela e tem laços estreitos com a nação socialista diplomaticamente isolada e devastada pela inflação.
Maduro visitou Pequim pela última vez em 2018 – a sua décima viagem à China – quando elogiou a visão de Xi de um "destino comum para a humanidade". Xi visitou a Venezuela em 2014.
A China emprestou cerca de 50 bilhões de dólares (83 bilhões de reais na cotação da época) à Venezuela, membro da Opep, na década de 2010. A Venezuela pagou a dívida com embarques de petróleo, do qual possui algumas das maiores reservas do mundo.
Em 2018, a Venezuela devia 20 bilhões de dólares a Pequim (77 bilhões de reais na cotação da época).
G.Montoya--LGdM