La Gaceta De Mexico - Cresce ameaça de greve em Detroit, em pleno salão do automóvel

Cresce ameaça de greve em Detroit, em pleno salão do automóvel
Cresce ameaça de greve em Detroit, em pleno salão do automóvel / foto: © GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP/Arquivos

Cresce ameaça de greve em Detroit, em pleno salão do automóvel

A possibilidade de uma greve parece cada vez maior nas três grandes fabricantes de automóveis dos Estados Unidos, com a falta de uma aproximação entre os sindicatos e as direções das empresas nesta quarta-feira (13), o primeiro dia do salão do automóvel de Detroit.

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"Estamos nos preparando para fazer uma greve contra essas empresas de forma jamais vista", disse Shawn Fain, presidente do sindicato United Auto Workers (UAW), durante uma conferência pela internet.

As posições do sindicato e das direções estão "muito distantes", acrescentou.

À meia-noite de quinta-feira vencem os convênios coletivos dos "três grandes": Ford, General Motors e Stellantis, proprietária da Chrysler.

Fain detalhou que a paralisação dos trabalhos poderia começar na manhã de sexta-feira em um número limitado de fábricas, e aumentaria gradualmente, enquanto continuam as negociações.

A busca por um acordo começou há vários meses, sob a nova liderança de Fain, que exige importantes aumentos salariais para os aproximadamente 150.000 integrantes dos três grupos, em virtude do lucro recorde registrado.

Previamente, o UAW também anunciou a organização de uma mobilização na sexta-feira no centro de Detroit, com o senador Bernie Sanders, próximo da esquerda radical e um dos defensores mais fervorosos dos sindicatos no Congresso.

O CEO da Ford, Jim Farley, se mostrou otimista na terça-feira, ao assinalar que a companhia havia apresentado uma terceira oferta ao UAW, a "mais generosa" em 80 anos, que inclui aumentos salariais e medidas de proteção contra a inflação, 17 dias de férias pagas e maiores contribuições para a aposentadoria.

Ele ressaltou ainda que, para "a viabilidade da empresa", há limites para os quais a fabricante pode aceitar, e citou, por exemplo, a semana de 32 horas ou quatro dias.

Fain, por sua vez, exige aumentos salariais de 40%, da mesma magnitude que os concedidos aos diretores nos últimos anos.

Também defende, entre outras coisas, a segurança no emprego durante a transição para os veículos elétricos.

D.Torres--LGdM