La Gaceta De Mexico - UE promete acordo sobre reforma do pacto migratório 'nos próximos dias'

UE promete acordo sobre reforma do pacto migratório 'nos próximos dias'
UE promete acordo sobre reforma do pacto migratório 'nos próximos dias' / foto: © AFP

UE promete acordo sobre reforma do pacto migratório 'nos próximos dias'

Os países da União Europeia (UE) devem selar um acordo sobre a reforma da política migratória comum "nos próximos dias", anunciaram suas autoridades nesta quinta-feira (28).

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"Estou convencido de que em breve, nos próximos dias, seremos capazes de chegar a esse acordo total", disse o ministro do Interior espanhol, Fernando Grande-Marlaska, após uma reunião de ministros da UE em Bruxelas.

O ministro acrescentou que este acordo deve ser alcançado em uma reunião dos representantes permanentes dos países da UE, em Bruxelas, e antes da cúpula do bloco, nos dias 5 e 6 de outubro, em Granada, Espanha.

"Acredito que estamos muito, muito perto de alcançar essa conformidade necessária e essencial, em um prazo curtíssimo. O trabalho destes últimos dias (…) de todas as delegações foi muito importante", acrescentou.

Isso "nos permitiu estar otimistas de que há detalhes a aperfeiçoar e que nos próximos dias podemos anunciar uma abordagem geral".

"Existe uma diferença que – deixe-me dizer – é sutil", disse Grande-Marlaska.

- Sem obstáculos fundamentais -

A comissária europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, disse que "é claro que não há nenhum obstáculo principal".

A responsável insistiu que o assunto não foi "formalmente incluído na agenda [da reunião ministerial], mas avançamos muito nas discussões".

A UE discute há três anos uma reforma do pacto sobre política migratória, com o objetivo de um entendimento para que os países do bloco compartilhem a responsabilidade de receber migrantes ou cobrir os custos.

Em julho deste ano, o bloco implementou um grande esforço para aprovar e implementar a reforma, mas a tentativa fracassou por falta dos votos necessários, particularmente pela abstenção da Alemanha.

Confrontada com a frustração generalizada devido às negociações paralisadas, a Espanha (que detém a presidência semestral do Conselho da UE) fez uma proposta de compromisso que pareceu abrir as portas para um entendimento com o apoio da Alemanha.

"Vamos votar a favor deste compromisso, que acredito ter sido muito bem negociado pela Espanha", disse Faeser durante a reunião.

No entanto, a reunião terminou sem um entendimento pleno e a questão passa agora para negociações a nível de embaixadores dos países do bloco.

Ao retirar-se, Faeser disse que "a proposta revisada pela Presidência espanhola inclui agora alterações importantes que permitiram à Alemanha aprová-la. Deve ser dada prioridade aos procedimentos para crianças e suas famílias nas fronteiras externas".

Entre as principais propostas do pacote de reformas lançado pela Comissão Europeia (braço Executivo da UE) estão a ampliação do período de detenção para migrantes irregulares e a aceleração das avaliações dos pedidos de asilo.

O conteúdo final da reforma do pacto migratório ainda deverá ser negociado pelos países do bloco com os deputados do Parlamento Europeu.

- Coordenação com latino-americanos -

Nesta quinta-feira, os ministros do Interior dos países da UE se reuniram com seus homólogos do Comitê Latino-Americano de Segurança Interna (Clasi).

Segundo Grande-Marlaska, as discussões se concentraram em aprofundar a coordenação entre europeus e latino-americanos, incluindo promover a criação da Ameripol, equivalente à Europol.

"Esperamos que a Ameripol seja institucionalizada em breve, com a aprovação dos estatutos", disse o ministro espanhol.

Johansson ressaltou, por sua vez, que "nos concentramos na cooperação policial".

A responsável terá uma reunião na sexta-feira com o ministro da Defesa Nacional da Colômbia, Iván Velásquez, para discutir a cooperação em questões policiais e ações contra os traficantes de drogas.

"A Colômbia é o único país latino-americano, com o qual temos acordos por meio da Europol, e isso significa que podemos realizar investigações conjuntas", afirmou.

M.Gutierrez--LGdM