Duas reféns americanas libertadas pelo Hamas estão em Israel
Duas reféns americanas sequestradas pelo Hamas foram libertadas e estão em Israel, informou o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nesta sexta-feira (20), depois que o grupo islamista palestino anunciou sua libertação.
O gabinete de Netanyahu divulgou o nome das duas mulheres libertadas, Judith Tai Raanan e Natalie Shoshana Raanan, que foram capturadas no kibutz Nahal Oz, durante o ataque sem precedentes do Hamas a Israel, em 7 de outubro, e foram levadas para a Faixa de Gaza.
Trata-se da primeira libertação de reféns, confirmada pelas duas partes e o porta-voz do braço militar do Hamas informou, por meio de nota, que a soltura foi decidida "por motivos humanitários, após a mediação do Catar".
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Catar, Majid Al Ansari, confirmou que "duas reféns civis americanas" tinham sido libertadas "pelo Hamas e entregues à Cruz Vermelha na Faixa de Gaza".
A libertação ocorre "após vários dias de comunicação contínua entre todas as partes implicadas", acrescentou.
"Seguiremos com nosso diálogo com os israelenses e o Hamas e esperamos que estes esforços levem à libertação de todos os reféns civis de todas as nacionalidades, com o objetivo último de desativar a crise e restabelecer a paz", continuou.
Segundo o porta-voz militar do Hamas, a libertação das duas reféns também pretende "demonstrar ao povo americano e ao mundo inteiro que as acusações de [Joe] Biden e sua administração fascista [sobre o Hamas] carecem de fundamento".
O porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, respondeu que, apesar de o "Hamas afirmar perante o mundo que libertou as reféns por razões humanitárias", trata-se de "uma organização terrorista, que retém bebês, crianças e idosos".
Cerca de 200 reféns foram capturados e levados para o enclave palestino durante a ofensiva por terra, mar e ar do Hamas contra Israel, que deixou mais de 1.400 mortos.
Israel respondeu com uma série de bombardeios contra a Faixa de Gaza, que deixaram pelo menos 4.137 mortos, inclusive mais de 1.500 crianças, segundo o Ministério da Saúde do território palestino.
M.Pacheco--LGdM