As vítimas estrangeiras do ataque de Hamas a Israel
Muitos estrangeiros morreram, foram tomados como reféns ou estão desaparecidos desde o ataque lançado em 7 de outubro pelo movimento islamista palestino Hamas contra Israel. Entre eles, estão três brasileiros mortos e um desaparecido.
Os combatentes do Hamas mataram mais de 1.400 pessoas em solo israelense, a maioria delas civis, de acordo com autoridades israelenses.
Cerca de 240 pessoas foram sequestradas durante essa ofensiva, a maioria israelenses, mas também estrangeiros ou cidadãos com dupla nacionalidade, segundo a mesma fonte.
Até agora, quatro mulheres foram libertadas, e uma militar foi resgatada durante uma operação terrestre, indicaram as autoridades.
O braço armado do Hamas afirmou, em 26 de outubro, que "cerca de 50" reféns mantidos na Faixa de Gaza morreram desde o início dos bombardeios israelenses.
Em 1º de novembro, eles acrescentaram que sete reféns, "três com passaportes estrangeiros", morreram em um bombardeio israelense no campo de refugiados de Jabalia, no norte. Não foi possível verificar essas alegações de forma independente.
O Hamas relatou que 9.488 pessoas, a maioria civis, morreram nos incessantes bombardeios na Faixa de Gaza, uma resposta de Israel ao território controlado desde 2007 pelo grupo islamista.
As mortes de aproximadamente 230 cidadãos estrangeiros, muitos dos quais também de nacionalidade israelense, foram confirmadas pelas autoridades de seus respectivos países, indicou um levantamento da AFP.
Aqui está a lista das vítimas estrangeiras em Israel, de acordo com informações atualizadas até sábado.
- França, Tailândia e EUA, os países mais afetados -
Trinta e nove franceses morreram e nove estão na lista de sequestrados ou desaparecidos, informou o Ministério das Relações Exteriores francês.
Trinta e quatro tailandeses morreram e 24 foram sequestrados, de acordo com Bangkok. Aproximadamente 30.000 tailandeses trabalham em Israel, a maioria no setor agrícola.
Trinta e um americanos morreram e 13 estão desaparecidos, segundo a Casa Branca. Uma americana e sua filha foram libertadas em 20 de outubro.
- Muitas vítimas ucranianas e russas -
Um total de 21 ucranianos morreram, conforme relatado pelo governo de Kiev, que também listou uma cidadã como desaparecida.
Dezenove russos-israelenses morreram e outros oito foram sequestrados pelo Hamas, de acordo com Moscou.
- Do Brasil ao Nepal -
Brasil: um homem e uma mulher brasileiros-israelenses, assim como uma mulher brasileira, morreram. Um israelense-brasileiro de 59 anos identificado como Michel Nisenbaum está desaparecido.
Nepal: 10 nepaleses morreram, segundo a embaixada do Nepal em Tel Aviv, que disse ter "perdido" contato com outro cidadão.
Argentina: o número de mortos chega a nove, com 21 desaparecidos, entre eles um bebê de nove meses e também dois irmãos, Iair e Eitan Horn.
Reino Unido: pelo menos 12 britânicos morreram e cinco estão desaparecidos, de acordo com Londres. Entre os mortos está Yahel Sharabi, uma adolescente de 13 anos assassinada junto com sua mãe, Lianne, e sua irmã mais velha, Noiya, de 16 anos, anunciou sua família. O pai, Eli, ainda está desaparecido.
Alemanha: na segunda-feira, Berlim confirmou a morte de uma alemã-israelense de 23 anos, Shani Louk, que apareceu em vídeos deitada na parte de trás de uma van, seminua. Cerca de 10 alemães morreram e quase 100 foram sequestrados.
Canadá: sete canadenses morreram e outros dois continuam desaparecidos.
Romênia: cinco israelenses-romenos, incluindo um soldado, morreram e quatro foram feitos reféns.
Portugal: quatro luso-israelenses morreram e quatro estão desaparecidos.
China: quatro chineses morreram e outros dois estão desaparecidos.
Filipinas: quatro filipinos morreram e dois estão desaparecidos.
Áustria: quatro israelenses-austríacos morreram. Outro continua desaparecido.
Itália: três ítalo-israelenses morreram, segundo Roma, um casal de cerca de 60 anos e um cidadão de 29 anos que estava no festival de música que foi invadido.
Belarus: três bielorrussos estão mortos e outro está desaparecido.
Peru: três peruanos morreram na ofensiva de 7 de outubro, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, que esclareceu que não há cidadãos do país mantidos como reféns, como inicialmente indicado.
Colômbia: as autoridades relataram dois mortos.
África do Sul: dois sul-africanos morreram.
Chile, Turquia e Espanha: cada país relatou um morto e um desaparecido.
Camboja, Austrália, Honduras, Azerbaijão, Irlanda e Suíça: um cidadão morto, cada.
Outros países, como México, Hungria, Países Baixos, Uruguai, Paraguai e Tanzânia, relataram reféns ou pessoas desaparecidas.
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A.M. de Leon--LGdM