La Gaceta De Mexico - Israel prossegue com a guerra em Gaza e se mantém em alerta por ameaças iranianas

Israel prossegue com a guerra em Gaza e se mantém em alerta por ameaças iranianas
Israel prossegue com a guerra em Gaza e se mantém em alerta por ameaças iranianas / foto: © AFP

Israel prossegue com a guerra em Gaza e se mantém em alerta por ameaças iranianas

Israel está em alerta nesta quinta-feira (11), depois de o Irã ameaçar com represálias pelo bombardeio da semana passada contra seu consulado na Síria, enquanto as negociações para obter uma nova trégua em Gaza se arrastam.

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Os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza deixaram 63 mortos em 24 horas, segundo o ministério da Saúde do território palestino, governado pelo Hamas.

Na quinta-feira, o Conselho de Segurança da ONU instou mais ação frente "à catastrófica situação humanitária" em Gaza, onde os civis vivem ameaçados pela fome, e tomou nota do anúncio de novas medidas feito por Israel na véspera.

A guerra entre Israel e o movimento islamista palestino, que já dura seis meses, provocou um novo episódio de tensão na região.

Os Estados Unidos alertaram para o risco de um ataque iraniano ou de seus grupos afins no Oriente Médio (Iraque, Síria, Líbano, Iêmen) em resposta ao bombardeio contra o consulado de Teerã em Damasco, no qual morreram, em 1º de abril, sete membros da Guarda Revolucionária, dois deles generais.

Na quarta-feira, o guia supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, voltou a ameaçar publicamente Israel, que não confirmou a autoria do ataque ao consulado iraniano, afirmando que "será castigado".

O chanceler israelense, Israel Katz, respondeu rapidamente, dizendo que "se o Irã atacar a partir do seu território, Israel vai responder e atacar o Irã".

Nesta quinta, Rússia e Alemanha pediram "moderação" para evitar uma escalada no Oriente Médio.

Ali, grupos pró-iranianos realizam atentados contra alvos israelenses e americanos em apoio ao Hamas. Israel, por sua vez, intensificou os ataques na Síria, visando grupos pró-iranianos como o Hezbollah libanês e alvos militares iranianos.

"Estamos em meio a uma guerra em Gaza, que continua a toda velocidade (...), mas também nos preparamos para enfrentar desafios em outros cenários", disse Netanyahu nesta quinta. "Estamos prontos tanto para a defesa quanto para o ataque", afirmou.

- "Nossas exigências são claras" -

As tensões regionais foram atiçadas pela guerra em Gaza, que começou em 7 de outubro após o ataque do Hamas ao sul de Israel, que deixou 1.170 mortos, a maioria civis, segundo contagem da AFP com base em dados israelenses.

Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e lançou uma ofensiva que já deixou 33.545 mortos em Gaza, em sua maioria civis, segundo o ministério da Saúde do território.

Durante o ataque, o movimento islamista fez 250 reféns, dos quais 129 continuam em Gaza, incluindo 34 que se acredita que tenham morrido, segundo as autoridades israelenses.

Nesta quinta, o Exército israelense anunciou ter realizado uma operação noturna no centro da Faixa de Gaza "com o objetivo de eliminar agentes terroristas".

"Ouvimos o barulho dos mísseis caindo perto de nós antes de explodir e que provocam pânico nas crianças", explicou à AFP Imad Abu Shawish, um homem de 39 anos no setor de Nuseirat, no centro do território.

Gaza está reduzida a ruínas e teme-se que debaixo dos escombros haja mais cadáveres. Além disso, este território palestino está sob cerco de Israel, que privou de comida, água, combustível e outros insumos básicos seus cerca de 2,4 milhões de habitantes, que dependem da entrada a conta-gotas dos caminhões de ajuda.

Na quarta-feira, um bombardeio israelense em Gaza matou três filhos e quatro netos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, que mora no Catar.

Haniyeh reforçou que a morte de seus filhos não vai influenciar a posição do grupo nas negociações em curso no Cairo para uma trégua e a libertação dos reféns.

"Nossas exigências são claras e não vão mudar", assegurou.

Nesta quinta, Israel acusou o Hamas de "dar as costas" para uma "oferta muito razoável".

O ciclo atual de diálogos começou no domingo, mas não há indícios de um avanço, depois que Catar, Egito e Estados Unidos, mediadores da negociação, apresentaram uma proposta que o Hamas disse estar estudando.

O plano prevê uma trégua de seis semanas, a troca de 42 reféns sequestrados pelo Hamas por 800 a 900 palestinos presos em Israel e a entrada de mais ajuda humanitária a Gaza, segundo uma fonte do movimento islamista.

O presidente americano, Joe Biden, disse que agora depende do Hamas avançar na proposta apresentada e aumentou a pressão sobre Netanyahu para que aceite uma trégua e suspenda seu plano de invadir Rafah, cidade do sul de Gaza, onde vivem 1,5 milhão de civis, grande parte deslocados pela guerra.

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M.Aguilar--LGdM