Presença do Hezbollah na América Latina preocupa os EUA (funcionário)
Os Estados Unidos estão bastante preocupados com as atividades do movimento xiita libanês Hezbollah, ligado ao Irã, no Chile e no restante da América Latina, afirmou nesta quinta-feira (11) o subsecretário adjunto para a América Latina e o Caribe do Departamento de Estado, Mark Wells.
Durante sessão no subcomitê de Relações Exteriores do Senado, o republicano Marco Rubio afirmou que existem vários casos nas Américas de laços entre grupos criminosos transnacionais (TCO) e organizações terroristas estrangeiras.
“Estamos muito preocupados com as operações do Hezbollah em toda a região, assim como no Chile", ressaltou Mark Wells. Segundo Rubio, o Hezbollah acumula dinheiro na região para enviá-lo à organização.
“Existem motivos para temer que não estão fazendo o suficiente para acabar com essas redes financeiras do lado chileno", apontou Rubio, durante uma sessão sobre o combate às organizações criminosas transnacionais e à corrupção na América Latina e no Caribe. “Com o presidente esquerdista Gabriel Boric, manteve-se uma retórica bastante dura sobre Israel", ressaltou o senador.
"Boric tem sido um firme defensor dos direitos humanos em todo o mundo” e “existe uma população muçulmana numerosa que se pronuncia sobre temas relacionados a Israel", respondeu Wells. “Cooperamos com as forças de segurança chilenas em todas os âmbitos e grande parte dessa cooperação se concentra no desenvolvimento de capacidades e na troca de informações sobre investigações relacionadas com o Hezbollah, bem como sobre o Trem de Aragua”, grupo criminoso venezuelano com braços em vários países, acrescentou o subsecretário.
"Não concordo com sua retórica nem com algumas de suas posições. Minha pergunta é se essa retórica se traduz em uma falta de vontade de enfrentar o Hezbollah como uma organização terrorista estrangeira e a ameaça que representa", questionou Rubio.
"Cooperam conosco em todos os casos de terrorismo internacional", respondeu Wells.
A.Sandoval--LGdM