Rússia anuncia morte de 2 combatentes em 'operação antiterrorista' no Cáucaso
A Rússia anunciou nesta quinta-feira (11) a morte de dois combatentes armados de "uma organização terrorista internacional" no distrito Cáucaso Norte, uma região que foi cenário de uma rebelião jihadista na década de 2000.
"Dois bandidos foram neutralizados durante uma operação antiterrorista efetuada nas imediações de [a cidade de] Nalchik com vistas a localizar indivíduos armados envolvidos em atividades terroristas", disse o Comitê Antiterrorista russo, citado pelas agências de notícias.
"Os membros deste grupo de criminosos, pertencentes a uma organização terrorista internacional, foram abatidos em um breve tiroteio", indicou o Comitê.
"Planejavam realizar atos de sabotagem e terrorismo" na república russa de Cabárdia-Balcária, da qual Nalchik é a capital, acrescentou.
Na década de 2000, a Rússia enfrentou uma longa rebelião islamista no Cáucaso Norte, um movimento que surgiu da guerra da Chechênia.
O movimento foi esmagado pelas forças de segurança durante a Presidência de Vladimir Putin. Desde então, os incidentes armados foram raros.
Mas o violento atentado perpetrado perto de Moscou no fim de março, que deixou pelo menos 144 mortos, voltou a colocar em evidência o perigo que os grupos jihadistas representam para a Rússia.
Esse atentado contra a casa de shows Crocus City Hall foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico, apesar de Moscou ter insistido que teria sido obra de islamistas do Tajiquistão vinculados com a Ucrânia.
Nesta quinta, o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) também anunciou que havia "neutralizado" um cidadão centro-asiático acusado de planejar um atentado contra "uma instituição judaica" em Moscou.
O FSB não esclareceu se o indivíduo, que opôs "resistência armada" ao ser detido na quarta-feira, foi abatido ou não.
Também afirmou ter desmantelado uma "célula terrorista" formada por "seis cidadãos de um país da Ásia Central" que, segundo o FSB, planejavam atacar um destacamento militar russo em Donetsk, na Ucrânia ocupada.
A.M. de Leon--LGdM