La Gaceta De Mexico - Kremlin afirma que ajuda dos EUA à Ucrânia não mudará a situação no front

Kremlin afirma que ajuda dos EUA à Ucrânia não mudará a situação no front
Kremlin afirma que ajuda dos EUA à Ucrânia não mudará a situação no front / foto: © AFP

Kremlin afirma que ajuda dos EUA à Ucrânia não mudará a situação no front

A Rússia afirmou, nesta quinta-feira (18), que um novo montante de ajuda dos Estados Unidos à Ucrânia, que está bloqueado há meses no Congresso em Washington e será votado no sábado, não mudará a situação no front.

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A Ucrânia reitera às potências ocidentais que precisa urgentemente de mais munições e sistemas de defesa antiaérea, face às forças russas que estão na ofensiva.

O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano Mike Johnson, anunciou na quarta-feira que um novo pacote de ajuda à Ucrânia no valor de 61 bilhões de dólares (321 bilhões de reais) será votado no sábado, depois de meses de bloqueio no Congresso, em ano eleitoral.

O Kremlin garantiu, nesta quinta-feira, que não está preocupado com a possibilidade de Kiev receber mais ajuda militar ocidental.

"Isso não influenciará de forma alguma o desenvolvimento da situação no front", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a repórteres nesta quinta-feira.

"Todos os especialistas dizem que a situação no front é desfavorável para o lado ucraniano. Portanto, isso não vai mudar nada", disse ele.

- Incerteza sobre votação nos EUA -

A aprovação do pacote de ajuda à Ucrânia é incerta. O montante já foi aprovado no Senado, onde os democratas são maioria, e conta com o apoio do presidente Joe Biden, mas um setor do Partido Republicano opõe-se a fornecer mais fundos a Kiev.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, garante que o atraso na entrega da ajuda custou muitas vidas ao seu país e a perda de territórios, e reitera quase diariamente que este apoio é fundamental.

Os Estados Unidos são o principal apoio da Ucrânia na repulsão da ofensiva da Rússia, iniciada em fevereiro de 2022.

Após meses de impasse no conflito, as tropas russas começaram a ganhar terreno este ano. Embora estes avanços sejam modestos, Moscou espera utilizá-los para garantir um progresso decisivo em um momento em que cerca de 20% do território ucraniano continua ocupado pela Rússia.

- Restrições energéticas -

No terreno, duas pessoas morreram em bombardeios russos na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, segundo as autoridades locais.

Rússia e Ucrânia intensificaram, nas últimas semanas, as operações contra infraestruturas críticas, atacando instalações militares e energéticas longe das linhas de frente.

O Ministério da Energia ucraniano pediu nesta quinta-feira às empresas que limitem o uso de eletricidade durante os horários de pico devido à sobrecarga enfrentada pelo sistema por uma onda de frio que aumenta os danos causados pelos bombardeios russos.

"Pedimos aos consumidores, tanto residenciais quanto industriais, que reduzam o uso de aparelhos de alto consumo nos horários de pico", entre 19h e 22h.

A Ucrânia assumiu nesta quinta-feira a responsabilidade por um ataque "bem-sucedido" contra a base militar russa de Dzhankoi, na península da Crimeia, ocupada pela Rússia desde 2014, e Kiev afirmou que na operação, lançada na quarta-feira, conseguiu destruir ou danificar lançadores de mísseis S-400, equipamentos de radar e um centro de controle de defesa aérea.

M.Gutierrez--LGdM