La Gaceta De Mexico - Marcha contra Maduro registra confusão na Venezuela

Marcha contra Maduro registra confusão na Venezuela
Marcha contra Maduro registra confusão na Venezuela / foto: © AFP

Marcha contra Maduro registra confusão na Venezuela

Uma manifestação convocada por uma central sindical crítica do governo de Nicolás Maduro pelo Dia do Trabalhador esteve marcada, nesta quarta-feira (1º), por brigas com simpatizantes do chavismo governante em motocicletas.

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"Isso não poderia ser permitido [...], como é possível que grupos armados cometam agressões a trabalhadores? Nós viemos reivindicar um salário digno", disse aos jornalistas o dirigente sindical Mauro Zambrano durante a mobilização em Caracas.

A ONG de defesa dos direitos humanos PROVEA questionou que policiais e militares que haviam isolado a região para onde se dirigia a marcha, na Praça Venezuela, no centro da cidade, "não agiram para impedir a agressão".

Durante o incidente, uma fotojornalista foi agredida pelo indivíduos em motocicletas, que a atingiram com seus capacetes e roubaram sua câmera.

A manifestação foi convocada pela Confederação de Trabalhadores da Venezuela (CTV) e outras organizações sindicais, para exigir um salário-mínimo de pelo menos 200 dólares (por volta de R$ 1.000), 57 vezes mais que os atuais 3,50 (R$ 18).

O salário-mínimo - congelado há dois anos - é complementado por um bônus de alimentação ou outras benefícios extra que levam a renda básica mensal para cerca de 100 dólares (R$ 517). O custo da cesta básica ultrapassa os US$ 500 (R$ 2.585).

As associações sindicais também criticam essa política de bonificações.

"Queremos um salário digno, com o qual possamos cobrir nossas necessidades, porque estamos cansados de caminhar pelas ruas de Caracas e não sermos ouvidos", disse à AFP Rosa González, uma aposentada que participou da mobilização.

O chavismo governante também convocou uma manifestação no centro de Caracas, com o palácio presidencial de Miraflores como ponto de destino. O presidente Nicolás Maduro busca a reeleição nas eleições previstas para julho.

D.Torres--LGdM