Opositor amplia vantagem em intenção de voto a três dias das eleições no Panamá
O opositor de direita José Raúl Mulino, cuja candidatura é analisada pela Suprema Corte do Panamá, ampliou sua vantagem como líder em intenção de voto antes das eleições presidenciais de domingo, segundo uma pesquisa publicada nesta quinta-feira (2).
Mulino, substituto do inabilitado ex-presidente Ricardo Martinelli (2009-2014), tem 37,6% de intenção de voto, segundo o levantamento da firma Mercadeo Planificado para o jornal La Prensa.
A pesquisa mostra um apoio crescente a Mulino, que tinha 29,4% em intenção de voto há um mês, e 26% em fevereiro.
Ele é seguido pelo ex-presidente social-democrata Martín Torrijos (2004-2009), com 16,4%, e os advogados de centro-direita Rómulo Roux, com 14,9%, e Ricardo Lombana, com 12,7%.
O candidato da situação social-democrata e vice-presidente panamenho, José Gabriel Carrizo, aparece em quinto lugar, com 8,3%.
As eleições presidenciais do Panamá ocorrem em turno único, com decisão por maioria simples.
Mulino era companheiro de chapa de Martinelli, inabilitado em março pelo Tribunal Eleitoral após ser condenado a quase 11 anos de prisão por lavagem de dinheiro.
O Tribunal Eleitoral substituiu então Martinelli por Mulino, o que levou à apresentação de um processo de inconstitucionalidade por parte de uma advogada panamenha. Ela argumentou que o candidato não passou por eleições primárias nem tem um nome para a vice-presidência, como estabelece o código eleitoral.
A Suprema Corte debate desde a terça-feira a legalidade da candidatura de Mulino, um advogado de 64 anos.
Ex-ministro da Segurança de Martinelli, Mulino herdou a popularidade do ex-presidente, venerado por muitos panamenhos apesar de seus problemas judiciais.
Seus correligionários afirmam que, durante o governo de Martinelli, a economia, impulsionada pela ampliação do Canal do Panamá e a construção da primeira linha de metrô, estava melhor do que na atualidade.
A pesquisa, que entrevistou 2.400 pessoas entre 27 de abril e 1º de maio, tem 95% de confiança e 2% de margem de erro. O jornal La Prensa advertiu que os entrevistados não tiveram a opção de se declarar indecisos.
U.Romero--LGdM