Biden e Trump marcam debates eleitorais, o primeiro em 27 de junho
O presidente dos EUA, Joe Biden, e o rival democrata Donald Trump realizarão dois debates eleitorais em sua corrida pela Casa Branca, o primeiro deles em 27 de junho.
Após meses de incerteza sobre a realização dos tradicionais debates em 2024, Biden propôs nesta quarta-feira (15) dois encontros ao rival com vistas às eleições de novembro.
"Faça o meu dia, amigo. Eu participarei duas vezes, inclusive", disse Biden em um vídeo publicado na rede social X.
"Então, vamos escolher as datas, Donald. Ouvi que você está livre às quartas-feiras", acrescentou o presidente com tom de ironia, em uma referência aos dias de recesso no tribunal de Nova York em que o ex-presidente é julgado há mais de um mês.
"Estou pronto e com disposição", respondeu Trump em sua rede Truth Social ao desafio de Biden. "Vamos nos preparar para a batalha", acrescentou.
A rede de televisão CNN anunciou pouco depois que o debate seria em 27 de junho em sua sede em Atlanta, sem público no estúdio. O segundo debate será em 10 de setembro e será realizado pela rede ABC.
Biden evitou os três encontros propostos pela comissão bipartidária de debates eleitorais nos Estados Unidos e optou por dois embates, em junho e setembro, sem plateia e organizados pelos meios de comunicação.
"Donald Trump perdeu dois debates para mim em 2020. Desde então, ele não compareceu a nenhum debate. Agora ele está agindo como se quisesse debater comigo novamente", afirmou Biden no vídeo.
No Truth Social, o ex-presidente descreveu Biden como "o PIOR debatedor" que ele já "enfrentou" e, depois de confirmar sua disposição de debater nos "dois horários propostos", ele pediu um "local muito grande, embora Biden supostamente tenha medo de multidões".
- Cronograma -
A campanha de Biden enviou uma carta à Comissão de Debates Eleitorais dos EUA informando que ela rejeitou sua programação para três debates entre setembro e outubro.
Nela, a gerente de campanha Jen O'Malley Dillon indicou que Biden planeja participar de debates organizados por redes de televisão.
O'Malley acrescentou que o formato atual, que tem sido o mesmo há muitos anos, "está fora de sintonia com as mudanças na estrutura de nossas eleições e com os interesses dos eleitores".
"O debate deve ser de utilidade para os americanos que o assistirem na televisão, e não um entretenimento para uma audiência de apoiadores e doadores agitados", escreveu O'Malley.
A equipe de Biden propôs o primeiro debate presencial no final de junho "depois que o julgamento criminal de Donald Trump em Nova York provavelmente terminar e depois que o presidente Biden retornar de sua reunião com líderes mundiais na Cúpula do G7".
O segundo, no início de setembro, seria a tempo de influenciar a votação antecipada, mas não manteria os candidatos fora da trilha da campanha no "período crítico do final de setembro e outubro".
Em sua carta, O'Malley criticou a comissão por ser "incapaz" de impor os limites de tempo para os discursos de cada candidato em 2020.
A carta também propõe regras rígidas para os debates, incluindo a manutenção dos microfones dos candidatos desligados fora do tempo estipulado, para evitar que falem uns sobre os outros.
D.Torres--LGdM