La Gaceta De Mexico - Ministro libanês teme que seu país se torne 'nova Faixa de Gaza'

Ministro libanês teme que seu país se torne 'nova Faixa de Gaza'
Ministro libanês teme que seu país se torne 'nova Faixa de Gaza' / foto: © AFP

Ministro libanês teme que seu país se torne 'nova Faixa de Gaza'

"Tememos que o Líbano seja uma nova Faixa de Gaza", disse, nesta sexta-feira (4), o ministro libanês da Informação, Ziad Makary, na 19ª reunião de cúpula da francofonia realizada na França, no momento em que seu país é bombardeado por Israel.

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"Acreditamos que ainda haja um pouco de esperança do lado diplomático, porque o Líbano é bombardeado a cada dia, cada noite, durante 24 horas. Bekaah, o Monte Líbano, o sul", disse o ministro no primeiro dia da reunião, realizada em Villers-Cotterêts.

Makary ressaltou que seu país conta com a França e com "a iniciativa franco-americana preparada em Nova York" e apoiada "por União Europeia, Catar, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Japão, Austrália, Canadá, Suíça e Reino Unido".

O chanceler do Líbano, Abdallah Bou Habib, revelou nesta semana que Israel e o Hezbollah haviam aceito a proposta da França e dos Estados Unidos para um cessar-fogo de 21 dias concebida durante a Assembleia Geral da ONU na semana passada, pouco antes de Israel assassinar Hassan Nasrallah, líder do movimento pró-Irã, em um bombardeio na capital libanesa.

Makary descreveu a atitude do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, como “criminosa”. "Assassinou Ismail Haniyeh quando negociava o cessar-fogo. E assassinou Hassah Nasrallah quando negociava o cessar-fogo. Então sabia o que iria acontecer. Isso levou todo um país, e talvez toda a região, a uma guerra que não vai terminar nunca", disse à AFP.

“Como é possível viver com 2.000 vítimas, 10.000 feridos e 1.200.000 pessoas deslocadas no Líbano em uma semana?”, questionou Makary, chamando de “inaceitável e não católica” a atitude dos Estados Unidos.

Washingon, que promove um cessar-fogo, entregou a Israel um novo pacote bilionário de ajuda militar, anunciaram na semana passada autoridades israelenses.

A.Gonzalez--LGdM