La Gaceta De Mexico - Trump se prepara para comício no famoso Madison Square Garden de Nova York

Trump se prepara para comício no famoso Madison Square Garden de Nova York
Trump se prepara para comício no famoso Madison Square Garden de Nova York / foto: © GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP

Trump se prepara para comício no famoso Madison Square Garden de Nova York

Donald Trump fará um comício no domingo (27) no Madison Square Garden, famosa arena esportiva e casa de shows que já recebeu convenções políticas e, inclusive, uma infame reunião nazista em 1939.

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A escolha do local está repleta de intenções para um Trump que nunca foi profeta em sua cidade natal, onde ele aspira lotar "o ginásio mais famoso do mundo" e converter a metrópole à causa republicana.

Embora seja improvável que este reduto democrata vote em massa no republicano, a pouco mais de uma semana das acirradas eleições de 5 de novembro, o magnata republicano de 78 anos poderá, ao menos, contar com uma grande cobertura da imprensa.

O MSG já recebeu shows dos Rolling Stones, Madonna e U2. O local também foi o grande centro do boxe, até que os promotores do esporte começaram a levar os principais combates para Las Vegas, Nevada. O local também é a casa do New York Knicks, da NBA

Em fevereiro de 1939, poucos meses antes da invasão nazista da Polônia, o ginásio - na época em outra localização - recebeu um comício da associação germânico-americana Bund, no qual os 20 mil participantes, cercados por suásticas, águias imperiais e saudações nazistas, pretendiam denunciar as "conspirações" judaicas e o presidente Franklin D. Roosevelt, enquanto 100 mil manifestantes protestavam contra a sua presença do lado de fora.

- Fascista? -

O debate sobre se Trump é fascista ou não ganhou força nos últimos dias, depois que um de seus ex-chefes de gabinete, o general aposentado John Kelly, afirmou que o republicano se enquadra nesta definição, algo com que a candidata democrata à presidência, Kamala Harris, disse que concordou durante um evento ao vivo no canal CNN.

Segundo a revista The Atlantic, Trump chegou a afirmar, quando era presidente: "Preciso do tipo de generais que Hitler tinha". O candidato republicano nega ter feito tal declaração.

Seus principais aliados no Congresso acusaram Kamala Harris na sexta-feira de fomentar a violência, apesar de Trump não poupar insultos contra ela, a quem chamou de fascista e marxista.

Os opositores de Trump recordam que ele disse que, se for eleito presidente, atuaria como um ditador no "primeiro dia" da presidência e que poderia usar o Exército contra o "inimigo interno".

"Uma das coisas que verão... é Trump realmente reencenando comício no Madison Square Garden em 1939", disse Hillary Clinton, derrotada por Trump nas eleições de 2016, à CNN.

"Roosevelt ficou chocado que os neonazistas e fascistas nos Estados Unidos estivessem fazendo fila para, essencialmente, prometer seu apoio ao tipo de governo que estavam vendo na Alemanha", recordou a ex-primeira-dama e ex-secretária de Estado.

"Por favor, abram os olhos para o perigo que este homem representa para o nosso país", acrescentou.

Admirador confesso dos autocratas, Trump abraçou frequentemente a retórica da extrema direita e construiu sua campanha com promessas de deportações em massa de imigrantes sem documentos que, ele afirma, "envenenam o sangue" do país.

Em 2017, no início da sua presidência, ele foi criticado por afirmar que havia "pessoas muito boas dos dois lados", ao comentar um confronto entre nacionalistas neonazistas brancos e manifestantes em Charlottesville (Virgínia), no qual uma pessoa morreu.

Trump provavelmente vai ignorar qualquer controvérsia e aproveitará seu momento no domingo à noite no MSG para tentar brilhar em um local que já recebeu celebridades tão variadas quanto Muhammad Ali, dois papas, Frank Sinatra e Marilyn Monroe.

Trump já recebeu um impulso de sua cidade natal na sexta-feira, o apoio do jornal sensacionalista mais vendido em sua cidade natal, o New York Post, que pertence ao magnata Rupert Murdoch.

"OBRIGADO PELO MARAVILHOSO APOIO!!!", escreveu Trump em sua plataforma Truth Social.

O.Escareno--LGdM