Unesco pretende colocar Stonehenge na lista de patrimônios em perigo
A Unesco indicou nesta, segunda-feira (24), que pretende colocar o monumento pré-histórico de Stonehenge, situado no oeste da Inglaterra, na lista de patrimônios mundiais em perigo, devido ao túnel rodoviário que será construído e passará próximo do local.
Em uma decisão à qual a AFP teve acesso, o comitê responsável pelo patrimônio mundial recomendou o registro de Stonehenge na lista "com o objetivo de mobilizar apoio intencional".
A inscrição deve ainda ser votada pelos Estados-membros do comitê do patrimônio mundial, que será reunido em Nova Délhi, na Índia, em 21 de julho.
De acordo com um diplomata consultado pela AFP, existem muitas possibilidades que validem esta decisão.
Construído em etapas entre aproximadamente os anos 3.000 e 2.300 antes de Cristo, Stonehenge é um dos monumentos megalíticos pré-históricos mais importantes do mundo devido a seu tamanho, construção sofisticada e precisão arquitetônica.
O famoso conjunto de rochas está alinhado sobre o eixo do sol nos solstícios de verão e inverno no hemisfério norte.
Suas pedras erguidas, que fazem um conjunto de círculos misteriosos, atraem milhares de pessoas todos os anos, no dia 21 de julho, para as festividades pagãs do solstício de verão.
Stonehenge é o "circulo de pedras pré-histórico mais sofisticado do mundo do ponto de vista arquitetônico", segundo a Unesco, que o classifica como patrimônio mundial desde 1986.
Em julho deste ano, o governo britânico autorizou o projeto de um túnel rodoviário perto do monumento.
Em julho de 2021, a Justiça do país bloqueou uma primeira versão do projeto, expressando temores sobre o impacto ambiental que a obra poderia causar.
De acordo com o gestor da rede rodoviária National Highways, o projeto de renovação do eixo que é muito frequentado fará com que a circulação no local fique mais fluida. O túnel, que terá três quilômetros de extensão, reduzirá os incômodos relacionados ao trânsito perto do local.
No entanto, um painel de especialistas afirmou que a construção do túnel causará "prejuízo irreversível".
S.Cisneros--LGdM